Segundo estatísticas menos de 1% dos ataques
de cães são de Pitbulls, o líder é o poodle. Mas o Poodle não dá
IBOPE.
Todos temos completa ciência de que matar
qualquer animal, desde passarinho à onça, é atitude que merece punição, senão
repulsa. A questão que temos hoje, é sobre o extermínio dos pitbulls,
animais passivos, imprevisíveis e fortes. Quem nunca desviou de um desses
na rua que atire a primeira pedra, entretanto, partir logo para
extermínio é atitude tão drástica a ponto de assustar e revoltar os
donos, tanto quanto os animais, se tivessem algum poder de voz.
Algo que merece um parar para pensar, é o fato de que
a violência, há muito já foi saturada entre os seres humanos. Na minha
opinião, extermínio é só uma palavra que disfarça o impacto ao pensar em morte,
já que é o fim de uma raça.Na Inglaterra, os BullDogs antigos não eram o que
nós conhecemos hoje. Participavam comumente de esportes sangrentos contra
touros e ursos.
Percebendo que o BullDog tinha vantagem em massa corporal
mas não tinha tanta agilidade, iniciaram as cruzas com alguns terriers,
nascendo assim cães menores, resistentes, ágeis e valentes. Assim surgiu o Pit
Bull.
Então como percebem, o Pit vem com a genética aguçada para
ser um cão de temperamento forte. ISSO prova que o ser humano é tão
inumano, a ponto de criar e matar quando os convém. Exterminar é,
portanto, uma forma indireta de matar uma raça. Castrar os animais da raça
PitBull talvez não seja o ponto, já que muitos dos donos maltratam, castigam e
são selvagens, apesar de humanos. Porque não seguir o padrão de selvagerismo, e
dar pena de morte, ou mais necessariamente, deixar morrer também os seres
humanos violentos , assim como a lei que está em andamento com esses animais?
Definida como “Raça potencialmente feroz”
pelo deputado Renan Calheiros, ele proíbe caminhadas em vias
publicas sem uso de focinheiras, coleira e correntes e os torna crimes
passiveis de pena de 1 à 3 anos de prisão, além de multas. Concordo que tamanho
escrúpulo é necessário, pois nada custa para quem cria e tem como animal de
estimação, cuidar e zelar a segurança alheia. Porém, tanto se tem a fazer a
respeito de segurança no nosso país, que isso se torna praticamente irrelevante
e talvez desprezível, não fossem tantos registros de ataques à donos. No
meu ponto de vista, animais violentos não são nem de longe, uma ameaça à nossa
segurança, tampouco algo que merece tanto credito, levando em conta tamanha
desordem, medo, e o caos que, os seres “raciais” e ilesos pela lei do nosso
país, causam.
Medidas devem sim ser tomadas, porém, dentro
dos limites, e a violência do animal se dá ao fato de que, com seres
irracionais, a relação de “ação/reação” também funciona. Como são seres fortes,
instintivos e passivos, têm capacidade de reagir quando são maltratados ou
feridos. Levando em conta que a mordida de um cão da raça PitBull não se
compara com a de um de porte pequeno, os ataques são quase naturais. Não
ironizando o fato de que é são sim perigosos, mas apenas por serem animais
capazes de competir com nós, devido ao seu tamanho.
Se todo criador se preocupasse com a saúde física e mental
dos cães, jamais iria deixar nascer uma ninhada de cães agressivos ou
inseguros, pois esses distúrbios são transmitidos geneticamente.O caráter e a
personalidade do cão dependem 20% da genética e 80% do ambiente. A maneira como
é criado e as experiências sociais moldam seu temperamento e definem sua
maneira de agir”, afirma a Dra. Rubia Burnier, Veterinária Solidária da ARCA
Brasil, que há mais 15 anos pesquisa a agressividade canina.
Exterminio, no entanto, não é a melhor nem a
mais ética das formas de acabar com os ataques dos PittBulls, é a forma
mais prática e fácil. E abafar todo esse descaso com animais que são tão
selvagens quanto alguns seres humanos, é dar o consentimento de que
exterminem, ou mais ao pé da letra, matem uma espécie.
A agressividade nos cães, independente de raça, pode ser
ocasionada por diversos fatores:
DOMINÂNCIA- Por posição hierárquica.
MEDO- Quando o cão se sente acuado.
POSSE- Para defender seus “bens preciosos”: comida,
brinquedos, etc.
DEFESA DO TERRITÓRIO- Cães de guarda que defendem o local
onde vivem.
PROTEÇÃO- Para defender o grupo de pessoas ou a matilha
REDIRECIONADA- Quando cães brigam entre si, por exemplo,
porque outro animal passa no portão da casa. Impedido de atacar o seu
verdadeiro alvo, o cão ataca o outro indivíduo ou objeto mais próximo.
PREDATÓRIA- O cão age por instinto, por exemplo, quando um
carro ou moto passa por ele.
MATERNAL- Fêmeas que defendem seus filhotes.
DOR- Quando o animal está ferido ou doente.
MAUS TRATOS- Cães mal tratados e agredidos fisicamente, que
tendem a relacionar seres humanos, como fonte de maus tratos e dor.
ESTRESSE- Cães confinados, presos a correntes, sem acesso ao
Sol, etc.
TREINAMENTO- Cães treinados, irresponsavelmente, para ter
comportamento agressivo.
DISTÚRBIO COMPORTAMENTAL- Relacionados a questões genéticas,
geralmente geradas pela procriação indiscriminada de criadores sem critérios,
consanguinidade e mestiçagem.
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