12 de agosto de 2012

Eles não pediram para nascer, tampouco por serem mal tratados.




Segundo estatísticas menos de 1% dos ataques de cães são de Pitbulls, o líder é o poodle. Mas  o Poodle não dá IBOPE.

  Todos temos completa ciência de que matar qualquer animal, desde passarinho à onça, é atitude que merece punição, senão repulsa. A questão que temos hoje, é sobre o extermínio dos pitbulls,  animais passivos, imprevisíveis e fortes.  Quem nunca desviou de um desses na rua que atire a primeira pedra, entretanto, partir logo para  extermínio  é atitude tão drástica a ponto de assustar e revoltar os donos, tanto quanto os animais, se tivessem algum poder de voz.
  Algo que merece um parar para pensar, é o fato de que a violência, há muito já foi saturada entre os seres humanos.  Na minha opinião, extermínio é só uma palavra que disfarça o impacto ao pensar em morte, já que é o fim de uma raça.Na Inglaterra, os BullDogs antigos não eram o que nós conhecemos hoje. Participavam comumente de esportes sangrentos contra touros e ursos.
Percebendo que o BullDog tinha vantagem em massa corporal mas não tinha tanta agilidade, iniciaram as cruzas com alguns terriers, nascendo assim cães menores, resistentes, ágeis e valentes. Assim surgiu o Pit Bull.
Então como percebem, o Pit vem com a genética aguçada para ser um cão de temperamento forte.  ISSO prova que o ser humano é tão inumano, a ponto de criar e matar quando os convém.  Exterminar é, portanto, uma forma indireta de matar uma raça. Castrar os animais da raça PitBull talvez não seja o ponto, já que muitos dos donos maltratam, castigam e são selvagens, apesar de humanos. Porque não seguir o padrão de selvagerismo, e dar pena de morte, ou mais necessariamente, deixar morrer também os seres humanos violentos , assim como a lei que está em andamento com esses animais?
 Definida como “Raça potencialmente feroz”   pelo deputado Renan Calheiros,  ele proíbe caminhadas em vias publicas sem uso de focinheiras, coleira e correntes e os torna crimes passiveis de pena de 1 à 3 anos de prisão, além de multas. Concordo que tamanho escrúpulo é necessário, pois nada custa para quem cria e tem como animal de estimação, cuidar e zelar a segurança alheia. Porém, tanto se tem a fazer a respeito de segurança no nosso país, que isso se torna praticamente irrelevante e talvez desprezível,  não fossem tantos registros de ataques à donos. No meu ponto de vista, animais violentos não são nem de longe, uma ameaça à nossa segurança, tampouco algo que merece tanto credito, levando em conta tamanha desordem, medo, e o caos que, os seres “raciais” e ilesos pela lei do nosso país, causam.
  Medidas devem sim ser tomadas, porém,  dentro dos limites, e a violência do animal se dá ao fato de que, com seres irracionais, a relação de “ação/reação” também funciona. Como são seres fortes, instintivos e passivos, têm capacidade de reagir quando são maltratados ou feridos. Levando em conta que a mordida de um cão da raça PitBull não se compara com a de um de porte pequeno, os ataques são quase naturais. Não ironizando o fato de que é são sim perigosos, mas apenas por serem animais capazes de competir com nós, devido ao seu tamanho.
Se todo criador se preocupasse com a saúde física e mental dos cães, jamais iria deixar nascer uma ninhada de cães agressivos ou inseguros, pois esses distúrbios são transmitidos geneticamente.O caráter e a personalidade do cão dependem 20% da genética e 80% do ambiente. A maneira como é criado e as experiências sociais moldam seu temperamento e definem sua maneira de agir”, afirma a Dra. Rubia Burnier, Veterinária Solidária da ARCA Brasil, que há mais 15 anos pesquisa a agressividade canina.
  Exterminio, no entanto, não é a melhor nem a mais ética das formas  de acabar com os ataques dos PittBulls, é a forma mais prática e fácil. E abafar todo esse descaso com animais que são tão selvagens quanto alguns seres humanos,  é dar o consentimento de que exterminem, ou mais ao pé da letra, matem  uma espécie.

COMPLEMENTAR:
A agressividade nos cães, independente de raça, pode ser ocasionada por diversos fatores:
DOMINÂNCIA- Por posição hierárquica.
MEDO- Quando o cão se sente acuado.
POSSE- Para defender seus “bens preciosos”: comida, brinquedos, etc.
DEFESA DO TERRITÓRIO- Cães de guarda que defendem o local onde vivem.
PROTEÇÃO- Para defender o grupo de pessoas ou a matilha
REDIRECIONADA- Quando cães brigam entre si, por exemplo, porque outro animal passa no portão da casa. Impedido de atacar o seu verdadeiro alvo, o cão ataca o outro indivíduo ou objeto mais próximo.
PREDATÓRIA- O cão age por instinto, por exemplo, quando um carro ou moto passa por ele.
MATERNAL- Fêmeas que defendem seus filhotes.
DOR- Quando o animal está ferido ou doente.
MAUS TRATOS- Cães mal tratados e agredidos fisicamente, que tendem a relacionar seres humanos, como fonte de maus tratos e dor.
ESTRESSE- Cães confinados, presos a correntes, sem acesso ao Sol, etc.
TREINAMENTO- Cães treinados, irresponsavelmente, para ter comportamento agressivo.
DISTÚRBIO COMPORTAMENTAL- Relacionados a questões genéticas, geralmente geradas pela procriação indiscriminada de criadores sem critérios, consanguinidade e mestiçagem.

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