17 de agosto de 2012

Sabe aquela garotinha?


 Aquela que subia na cadeira pra poder lavar a louça, se insinuando uma adulta de 6 anos... Aquela que tinha medo de fazer coisa errada, que era louca pra dormir na beliche de cima, que brincava de princesa, que passava as manhãs assistindo TV Cultura ou brincando no parque. A que chorava quando caía da bicicleta. Ou não... Não lembro de ter sido uma criança birrenta, apesar de ser extremamente sentimental. Talvez esse tenha sido o meu erro. Esconder, fingir que não sabe das coisas, chorar por dentro ou em silencio, ao invés de fazer escândalo em publico, ou essas coisas que crianças fazem. Enfim, lembra dela? A de cabelinho louro e boneca da Emília no colo? Então... ela não existe mais. Acabou. Acabou o "1,2,3 Tamy salva o mundo". Acabou sonhar acordada tarde da noite a respeito do que vou ser quando crescer, porque agora eu sou. Ao invéz de aniversario eu devia fazer um "funeral", jogar flores colhidas nas ruas, poluídas e barulhentas, como eu fazia já quando criança. Estourar com o dedo, a bolha de chiclete na cara de alguém e dizer Adeus a quem eu fui. Porque querendo ou não eu mudei. E não posso usar a expressão "não é de hoje que eu estou mudando" porque é. É de ontem, no máximo. Eu mudei, o meu mundo girou 180° pra que eu pudesse enxergar e ter coragem, pra enfrentar e assumir, que a vida não é mais jardim colorido, até porque eu não sou mais uma florzinha amarela que qualquer abelhinha pode incomodar levando partes de mim. É preciso levar muito pra que eu sinta muito agora. E foi assim que eu senti que tinha crescido... Me levaram muito "pólen" recentemente

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