26 de setembro de 2013

 Só queria não ter mandado aquela mensagem no whatsapp ontem a noite. Só queria não estar quase passando mal por sua causa. Minhas mãos tremem, meu coração aperta, a única palavra que define o que eu sinto agora é angustia. Não fico triste pelos cantos, não choro, não passo as noites sem dormir. Mas tento evitar olhar nossas conversas ou seu perfil no facebook. Tento evitar parecer distraída. Tento evitar coisas românticas mas sempre alguma coisa me lembra você. Ontem na trilha entrou um espinho na palma de minha mão. Instantaneamente pensei em você,que quase se acostumou a isso. Aos meus espinhos. A mim. Mas não é algo que eu lamente, ou é? Não era isso que você temia, se acostumar a mim?
 Então eu paro pra pensar, se a pessoa vai ficar "pulando de galho em galho" pra sempre. Até quando? Pareço na defensiva, mas o que me atormenta mesmo,  a pergunta que me faço todos os dias inevitavelmente, por melhor que eu esteja é: Como ele pôde? Como uma pessoa consegue passar um mês tão lindo assim, apaixonadamente (descaradamente) e depois, de uma hora pra outra, dizer que não sente nada por mim. Odeio pessoas coitadas mas, de verdade, a única coisa que não consigo entender é isso. E então tenho que aceitar que ele mentiu e me usou esse tempo todo, mas como posso seguir em frente se falei com ele e ele  me pareceu a pessoa mais tranquila do mundo? É, de forma simplificada, impossível uma pessoa agir assim. É equivalente ao crime de um psicopata. Não tem vestígios, pistas, explicação nem álibi. Nada me faz sentido agora. E de forma alguma eu quero ve-lo agora.. Não tenho sangue de barata. Tenho dor de barriga e minhas mãos tremem. Tudo o que eu quero é paz, mas isso parece longe de mim agora. A paz fugiu junto com as respostas, que acho que só vou encontrar perguntando diretamente a ele. É uma lástima, pois estou me recuperando, conseguindo segurar as pontas. Um mal necessário, infeliz e  ao mesmo tempo inconveniente. Quem diria que esses seriam os frutos de um início tão perfeito? Início é a palavra. Não foi um caso, uma paixão, uma mentira (só que  sim), nem diversão. Foi o início. Somente. E não penso no que poderia ter sido. Só penso que eu gostava taaaanto dele e nem sabia em que proporção. E eu achava que sabia o quanto ele gostava de mim, mas não em proporção mínima.

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