20 de setembro de 2013

E o inverno de repente acaba... Desse jeito. Com essas borboletas no estomago do mal que não passam nunca e aumentam a velocidade a cada batida dolorida do coração descompassado, a cada tique taquear do relógio que conta os últimos minutos do inverno mais quente da minha vida. Sei que as vezes dá vontade de esquecer de verdade, de tal forma para que fosse como nada tivesse acontecido, como se eu não tivesse me apaixonado perdidamente por uma pessoa que  tentava gostar de mim apenas para provar a si mesmo que não ama outra pessoa. As vezes dá raiva. Da vontade de ligar, xingar, chorar, gritar. Mas essas não são opções. As vezes também da vontade de ligar, ouvir a voz, apenas um ''oi tudo bem?'', ouvir a respiração e ver que ele ainda existe. As vezes o importante mesmo é a pessoa existir, para que possa ser amada, um amor tão provável que parece piada, meio irônico, é príncipe  mas não é encantado.  É amor mas não é correspondido, é mentira mas não foi por mal. Foi diversão, teatro, mas antes de tudo, foi invasão de privacidade, porque eu gosto dele. Amanhã não mais. Espero.
 Ontem eu estava esperando o onibus pra ir pra casa, e parou na minha frente, um ônibus com destino Piratininga. Deu vontade de entrar e ir pra casa. Aquela casa sabe? Um abraço forte, quente e cheiroso daquela pessoa. Deu vontade de entrar no ônibus e bater na porta dele, pedir pra que pense melhor porque eu o que eu sinto nunca foi mentira. Dizer que eu vou conseguir esquecer dele, mas que quando isso acontecer os anjos vão chorar, porque é muita coisa jogada fora.É disperdício de clichês e felicidade. É como jogar chocolate no lixo, só que em uma intensidade bilhões de vezes maior.  Mas ao mesmo tempo em que quero, tento aceitar que ele não gosta de mim. Isso também parece piada, coisa de criança, mas não... É verdade agora, tendo sido antes tudo mentira.

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