5 de agosto de 2013

Nova adrenalina




Nada é por acaso. Assim como nada do que aconteceu foi ou será esquecido. Não vou esquecer de nada assim tão fácil, mas também não vou lembrar com pesar, porque não pesa mais aqui dentro. Tudo se esvaziou com a lentidão e certeza de que eu preciso não sentir algumas coisas, só para poder sentir a mim mesma. Eu tinha certeza, à duas semanas atras, de que a vida continuaria, independente do que acontecesse e que eu seguiria em frente. A questão é que isso também implica me permitir gostar das pessoas. Gostar de verdade, sem ter medo de magoa-las ou de cometer erros. Mas agora me dei conta de que os erros já foram cometidos, de que seus frutos já vieram, e que as consequencias por  uma coisa ruim, também podem ser boas, podem ser ótimas, e até salvar a sua vida (falando de forma não literal).  Podem te virar de cabeça pra baixo e amarrar suas mãos, de forma que você não possa fazer nada, e pensar e dialogar seja inútil.  Mas é preciso cometer erros, é preciso sentir...sem medo. Sem medo de ser feliz, e fazer feliz. Porque felicidade não é um prêmio, é maneira de viajar. E se essa maneira existe, vai ter que sem assim. Eu exijo que seja, eu exijo de mim uma chance pra continuar, e quebrar a cara quantas vezes for preciso. Porque a vida não espera nosso coração se regenerar. Porque as pessoas não acreditam quando dizemos a verdade e abrimos o coração. Porque o por do sol dura pouco demais pra pensar se é uma boa ideia acompanhar uma pessoa que você gosta muito, e porque eu sou humana também. Eu tenho direito de errar com as pessoas, assim como elas erram comigo. Assim como eu sempre perdoo o mundo por cada mágoa que me causa, ou cada descaso sentido, eu peço perdão sempre, mas não está certo. São desculpas demasiadas para pouco motivo, para muitas lágrimas mas pouca coragem. Pessoas covardes não são dignas de que imploremos por perdão, e não é só isso que eu sei falar. Nem tudo está perdido. Seria mais fácil se estivesse, se eu REALMENTE não sentisse, mas que graça teria? Onde estaria a aventura que eu tanto almejo?
 Sorte minha (ou não) por ainda existir algumas coisas que me fazem sentir viva. Coisas e pessoas. Elas estão espalhadas por aí, e eu já encontrei uma, mas tenho esperança de que exista mais de onde veio essa.  Porque a vida não para mesmo, e sabe se lá o que pode acontecer ainda, e se acontecer milhares de coisas, são essas pessoas que eu quero encontrar no caminho. Pessoas que me fazem acreditar em amizade. Coisas que fazem meu coração palpitar, como se estivesse em cima de um precipício, mas sem a parte da altura. É isso que eu quero, viver. Existem outros tipos de adrenalina, o tipo que eu gosto. O tipo que são e ponto final. É uma nova definição, só minha. Ninguém mais precisa saber...

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