15 de março de 2013

Quinze minutos para o fim de semana, um minuto antes de explodir.

  Talvez eu nem devesse escrever sobre isso, mas acontece que se não me esvaziar dessas coisas, outras boas não vão mais funcionar no meu cérebro, que agora aceita sentimentos e no meu coração, que agora aceita se manter calado, antes que sinta algo autodestrutivo o bastante para me deixar pior.
  Não que eu esteja tão mal assim, mas é que eu deveria estar e não estou. É que não tive tempo de sentir ainda. Tenho certeza que quando tiver tempo de respirar no meio de tanta correria, eu vou desabar. Tenho certeza que ainda sou capaz de sentir dor. Tenho certeza que foi injusto, que as pessoas pelas quais eu sou naturalmente boa demais, me magoam e que isso não vai continuar. Antes que meu último minuto de estabilidade se dilua e eu apareça com o semblante vermelho de vergonha  - e de sangua da ferida mental -, antes que eu exploda aqui no meio do laboratório, me incumbindo da responsabilidade de redatora do projeto, onde todos esperam textos bons, equivalentes ao daquele discurso. Antes que isso aconteça, eu preciso despejar tudo que sinto em algum lugar, e seguindo a norma de descartes corretos de resíduos (do nosso projeto), eu escolhi fazer isso aqui. Ironia pura. Quinze minutos para o fim de semana, para sair do Senac e ir para casa descansar, ver meu amor... Não posso me permitir sentir mal, não posso parar de sentir com o cérebro, mas em algum momento eu preciso chorar, de forma silenciosa, digna e secreta, para que eu possa escrever como antes. Eu amo escrever, eu amei quando me deram essa tarefa e eu não posso deixar que meros ossos do ofício, me tirem isso. É contraditório demais! Escrever é o que me acalma, e eu não consigo fazer isso hoje, exatamente por que estou nervosa em demasiado. Gostaria que meu auto controle proseguisse, ao infifnito e além, mesmo que para isso eu precise conviver com os novos habitantes da minha cabeça, meus sentimentos. Eles migraram para lá, quando viram que o coração tinha muito dor e que na cabeça tinha mais coisas que gente. E coisas, pelo menos algumas, podem ser melhores que muita gente. Foi assim que aconteceu, e realmente, os sentidos fizeram diferença lá, pesaram um pouco, mas dpou razão, quem dera eu fosse racial assim por inteira!

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