6 de agosto de 2012

Quando nos é conveniente sentar de costas pro mundo


Me foi hoje, não necessariamente sentei de costas pra mundo, mas pra quem me pudesse ver. Com minha mochila, meu rock e doces no saquinho, eu tive um momento de eu mesma. Meus fortes gritavam e meus medos calavam. O rock era pesado e as jujubas açucaradas. Estava frio, eu de jaqueta jeans, cabelos soltos. Sim, era eu. Pura e inteiramente eu!
 A Nati chegou pelas costas, e tapou meus olhos com as mãos. Adivinhei na primeira! Fiz toda a atividade de inglês, sem cogitar abrir um livro e mergulhar no esquecimento. Fiz trabalho em dupla com um dos alunos novos. Fui humilde. Cochilei sem querer na aula de matemática, e, é claro, a Nati me cutucou. Participei das aulas e respondi na lousa.
 Mas porque mesmo, estou explicando tudo isso? Talvez pra me safar do assunto que me fez sentar de costas, e ser forte. Me fez me enxergar e gostar do que via, e não do que viu. Me fez estar aqui inteira, escrevendo sem lágrimas nos olhos e orgulhosa de mim mesma.
 Não é mais que minha obrigação estar assim, mas gostaria de acreditar mais piamente, quando a diretora nos dá boas vindas na sala de aula, e diz que a única coisa difícil, era acordar cedo... Quem dera fosse, não? Tem algo que ainda fica entre acordar cedo e matemática. Mas isso LOGO vai mudar.

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