23 de julho de 2012

Sorrisos indolores e amizades incolores


 As vezes tenho a impressão de que o tempo demora muito a passar. Passado uma semana parece que foi um mês, um mês me parece que foi um ano. O motivo da minha inócua e ociosa falta de noção com tempo, se dá ao trabalho que meu EU tem de relacionar sentimentos X tempo. Como sou intensa ( percebem como disfarço a cara deslavada na defensiva? kkk ) com relação à sentimentos, e, dado o tempo que se leva pra aprender tudo que aprendi, em um pequeno período de total importância à minha pessoa - pois agora consigo chorar com dignidade e total ciência do que é ter bom senso-. Enfim, me parece que vivi um ano em um mês, pois oque tenho de bagagem, é muito mais importante à mim, do que me era minha sensibilidade.
 Tudo que quero agora, é continuar me sentindo assim... Capaz, viva, eu mesma. E então vou encarar oque tenho hoje como desafio. Pois já foi, já me testei, sou forte sim. Aquele lance de "Quando a aguá bate na bunda" etc, é veridico.  Manterei o foco e, se escorregar, eu me levanto. Sozinha, porque nada mais justo e gratificante do que ser independente, pelo menos na hora de cair, pois tenho em mente, que é mais provável que se caia por relaxo do que por falta de apoio. Quando se tem onde segurar, você se conforma com sua fortaleza, e não lembra que está tudo dentro de você. É questão de equilibrio pessoal, quanto mais mãos pra  te segurar, mais você cai.
 Amanhã será meu primeiro dia na escola de inglês. Não sei oque me espera, mas acho que vai ser bom chegar em um lugar onde ninguém me conhece. Não sorrir não será problema, as pessoas não vão perguntar porque não estou com um sorriso de orelha em orelha, e nada dessas coisas que - deveriam ser naturais - será problema. Só oque não quero é proximidade. Isso definitivamente não é pra mim. Não vou me permitir isolamento, também não sou nenhum caipira (ou sou?), enfim, só quero que fique claro  ao meu detector de sorrisos que dá sinais de vida em algum lugar de meu ser, quando alguém sorri pra mim e me causa reflexo, assim como ocorre a todos como bocejo, que não me permito sorrir, se o ato me causar dor.
 É uma chance de me conhecer, perante a ideia de me comunicar com as pessoas, de forma a me refazer inteiramente por conta própria, sem ninguém que me segure, sem sorrisos que machuquem, sem lágrimas de pânico e desespero. Essa fase amargurante e relevante da minha vida chegou ao fim. Agora sou eu e eu mesma, com meus sorrisos indolores e amizades incolores...  

Um comentário:

  1. aaaaaaaaaaaaai que saudade daqui ! to com pouco tempo pra ler tudo mas prometo assim que der eu dou uma " comentada" poraqui ! beijos, minha linda e espero que a nossa inspiracao nunca acabe, afinal é ela que nos iguala e faz feliz. ♥

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