1 de julho de 2012

O quanto as pessoas cobram de você oque falta nelas


Estou a ponto de explodir. Não é estres, tpm, nem nada desse tipo. O problema é que cansei de me sentir responsável pelo insucesso dos outros, pela solidão dos outros. Deus, me diga, eu tenho culpa por não poder cuidar de todo mundo? Ele sabe que eu preciso viver....
Eu preciso parar, definitivamente de ouvir as indiretas de pessoas querendo satisfação da minha vida. Porque EU sou a filha, eu não tenho quarenta anos de idade tenho dezesseis, não tenho que cuidar de mãe doente, filho problemático, marido coroa e netos peraltas, NÃO, CHEGA.
 Chega de as pessoas acharem que sou Eu a culpada, a responsável, a filha que tem que cuidar dos pais. Eu sou só UMA. Incrivel não?
 Tão bem que estou, tão firme, segura, me sentindo forte pela primeira vez. É quando alguém resolve que tem que descobrir o meu calcanhar de Aquiles, e me tira do serio perguntando da minha mãe. Tanto tempo sem chorar, vai mesmo acabar hoje? Não, não vai. Percebi que estou mudando, que não sou mais a garotinha indefesa e preocupada. Não vou ficar me flagelando pelo que deu errado na vida dos meus pais e pelas consequencias,  isso não é, ou não devia ser problema meu. Então as pessoas não deviam se achar no direito de me acabar com o estômago em pleno Sabado à noite e me tirar a tranquilidade sabe?
 Mas a cada dia eu descubro o quanto as pessoas cobram de você oque falta nelas. O quanto o ser humano tem a horrivel facilidade de culpar o primeiro que ve na sua frente. O quanto a humanidade fala de amor, de compreensão e de Deus, sem ter essas coisas o suficiente pra viver feliz e reconfortar os outros. Eu sou feliz porque tenho oque falta aos que vem ao mundo pra fazer sombra, mas enquanto o tempo passa, o meu coração forma uma barreira impermeavel e mais forte do que eu mesma. Enquanto o tempo passa eu descubro que lágrimas são como areia movediça e te afundam ainda mais na dor. E vai chegar o dia em que eu vou me orgulhar por ser chamada de fria e que seja, só não posso ficar a vida toda tomando as dores dos outros, que por sinal são piores que as minhas.

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