11 de janeiro de 2014

Aleatório,

Corro tentando me manter dentro da faixa laranja da pista de atletismo. Tento me distrair e pensar em algo que me motive, e sei lá, penso em mim mesma. Oque eu tenho feito por mim nos últimos meses é bem mais do que fiz a vida toda. E isso é gratificante.
 Hoje acordei bem e enquanto tomava café na mesa da cozinha com minha mãe, eu pensava "Uaal, estamos em Janeiro, tenho um ano novinho, uma pagina em branco, posso fazer tudo acontecer posso consertar meus erros, pedir perdão e viver meus sonhos".
 Me encontro a beira de um ataque de ansiedade, pela prova de condicionamento físico. As vezes fico em dúvida se é isso mesmo que eu quero, porque é literalmente meter a cara no mundo, mas eu quero. Nunca tive o sonho de ser policial, mas me formar e trabalhar por um tempo como uma é o preço pra ser independente e bancar minha faculdade, meu apartamento, além de morar em outra cidade por um tempo, longe de todas as pessoas que conheço, incluindo família, é uma oportunidade perfeita para começar a vida.
 Comecei o ano voltando a falar com pessoas que não falava a anos, pedindo perdão, e vendo que quando a amizade é verdadeira ela não acaba. Amor talvez acabe, dura o tempo que se sente, é eterno à sua maneira e as suas lembranças, que te fazem sentir novamente a cada flash back. Mas também não estou com muita moral pra falar de amor. Quem sou eu? Fui vitima de mim mesma, andei em círculos durante anos ao redor da mesma pessoa. A pessoa que eu amava mais o que a mim mesma,  e nem sei se desse amor ficou uma amostra, algo que diga que foi real, que aquela era mesmo eu, me submetendo aos caprichos do amor cego e romântico, por vezes deixando que a vida resolvesse e aceitando que amor nos corrói de dentro pra fora, até que voce não saiba quem realmente é.
 E depois também chega alguém te tira o chão de outra forma, alguém que te eleva e te faz acreditar de novo que pode se apaixonar. E então vai embora, e te prova finalmente que amor pode durar uma vida, 5 anos, ou um mês, que se estende para a vida toda e te deixa indisponível para qualquer pessoa que chegue, porque você sempre parte primeiro, tentando não cometer os mesmos erros, ou seja lá o que tenho sido. Quero dizer que o inverno pode ser eterno, dependendo da intensidade, e que meu coração congelou no exato momento em que alguém me disse "obrigado pelo inverno" e deu partida no carro. Agora eu sei o momento, e nele eu nem sabia que causaria tanta dor. Era como se o gelo tivesse formado estalagtites dentro de mim e me ferisse a cada batida do meu coração, até eu pensar que jamais derreteria. Eis que o verão chega e a as músicas da rádio continuam trazendo à tona lembranças dos dias mais felizes da minha vida. Acampamentos. Trilhas. Mergulhos. Estradas de terra. Estrelas. Frio. Chocolate quente. Tornozeleiras. Barbantes. Nós de pescador. Minions. Brindes. Cintos de segurança. Não dói mais... É que a nostalgia existe para ser sentida, doida. E quando você não sabe oque ainda sente, e se sente, fica complicado assumir e lembrar. Confunde tudo. Então prefiro acreditar que foi uma paixão interrompida, a maior da minha vida, ou a única, já que sei que nunca vou sentir tanto, por alguém 'tão', em tão pouco tempo.

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