28 de novembro de 2012

Rascunho do discurso - quase pronto

 O mundo gira, e enquanto isso acontece nós envelhecemos. Um segundo é o tempo que levamos para piscar e enquanto isso acontece, 43 árvores são derrubadas na amazônia. 2000 por minuto. Uma criança morre de fome a cada 5 segundos, e esse é menos que o tempo que levamos para jogar fora, a comida que restou no nosso prato. Quando falamos que os recursos são finitos, quer dizer que vão acabar, e não é aquele fim que uma célula transgênica pode devolver. É o fim de uma vida que valha a pena de ser vivida.  Certo dia saiu no jornal que um desabrigado morreu de fome, em uma rua movimentada da cidade de Fortaleza, na beira da calçada. Centenas de pessoas passaram por ele durante o dia todo. Mas ninguém parou. O mundo continua girando enquanto essas pessoas morrem. Nós continuamos insistindo em tapar os ouvidos, em sorrir e acenar enquanto o mundo se apaga gradativamente.
 Dizem que somos jovens e que não entendemos muito das coisas. Muitas vezes nos olham com desdém, como se não soubéssemos de nada. Mas eu sei que muitos o fazem porque nesse meio tempo, enquanto olham, um fio de esperança brota e morre com a mesma rapidez, por acharem que faremos o mesmo que eles. Que temos a chance de mudar, mas não faremos nada a favor disso..Não pensam no contexto ambiental, mas isso retrata bem a realidade, que é olhar, duvidar, não dar ouvidos e seguir a ordem mundial, ou mais ao pé da letra, a desordem.
 O que podemos fazer se já acabaram com a metade? Quando nos dizem que pouco ainda resta logo pensamos "E os meus filhos? E a minha faculdade? Será que vai dar tempo de ser feliz?"
 É a ilusão que a mídia nos causou no decorrer dos anos. Que temos que salvar o planeta, que somos responsáveis por isso, que tudo está acabando e que morreremos desidratados porque a água vai acabar daqui a uns anos.
  As industrias, emissoras, dizem isso porque algo tem que ser dito. Porque vamos nos alardar um pouquinho quando crianças, mas que logo isso vai se perder. Vamos crescer, conhecer o dinheiro e toda a preocupação e esperança de um mundo melhor vai acabar. O que eles não sabem é que somos vivos, que respiramos, que temos os conceitos de educação afiados por conta deles mesmos. Por conta do ensino defasado que o nosso país oferece, sabemos que vencemos a ignorância apenas por ter chegado a esses conceitos e estar pensando no que a maioria não pensa... Não sabem que se estamos aqui hoje, é por que estamos prontos. Prontos para aceitar que é tudo uma questão de tempo. Não para nos tornarmos escravos do sistema e economia, mas para começar a busca por um espaço onde se possa chamar de lar ao invés de lixo. Onde se possa respirar.  Chamar de educação e não de manipulação. Ajudar a enriquecer e não formar ricos. Cooperar para melhorar e não para obter lucros.
  Talvez um dia, lá na frente, as pessoas se deem conta do quanto foi perdido. Mas vão sorrir pelo quanto foi ganho com tanta perca. Mas dinheiro é algo delimitado. Parece comercial de banco, mas há coisas na vida que se pensar bem, não se compra. Por exemplo, não se compra um pulmão novo. Pode se prevenir, antes de ter que fazer isso.
  E é tão simples que chega a soar repetitivo. Simplesmente reduza. Não gaste desenfreadamente, não trabalhe em excesso, não fume de mais, não coma de mais, não desperdice... Mas tem gente que ainda acredita. Tem gente que ainda sonha. Somente sonha, mas isso é também uma forma de esperança. Quem aqui nunca se pegou pensando, em como o mundo seria bom SE... A maioria. A questão é que esse SE, é a ponte entre o poder e conseguir.
  É hora de agir pelo que acha que é certo, e não o que é normal de se fazer. Não é normal um mundo onde as pessoas são gentis, nem onde as ruas são limpas, O normal é andar por ai, vendo o caos se agravar porque a Europa está em crise, enquanto o Brasil se camufla no silêncio e diz estar crescendo. Esse é o nosso normal! É assistir a destruição, e aos cidadãos alardeando que o mundo vaia acabar. Não!  Nós é quem vamos acabar. E sabem como? Lembra daquela historia de que o peixe morre pela boca?  Está acontecendo com a gente. E a pior parte da história, é que a cada passo do esgotamento, pensamos estar chegando ao topo.
   Não podemos permitir que isso aconteça. Porque quem está no comando se preocupa, quando jovens como nós, se reúnem para discutir assuntos morais. Se preocupam porque nosso conhecimento, não pode saturar a ignorância que plantaram na sociedade. Mas temos que mudar. Seja de que forma, porque ELES infringem à lei, e até os palhaços governam! Mas quem acaba com a dignidade destruída e o nariz pintado de vermelho, somos nós! A corda sempre arrebenta do lado mais fraco... Mas nós podemos ser o lado forte!  Não temos autoridade, mas temos humanidade o suficiente para retardar esse "não" desenvolvimento,  e nos sensibilizar, com a ideia de que somos o meio ambiente, e é extremamente irracional, continuar caminhando rumo à auto destruição.

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