20 de setembro de 2012

Um passado em meio à tubos de ensaio. Intacto, ileso, eterno...


  Manhã sem sol, do jeito que eu gosto. Aula de Química no laboratório. Nos sentamos para fazer os experimentos, e ao olhar para o lado, eu vejo... Os desenhos do projeto de aquecedor solar, que fizemos na lousa à mais de 3 meses ainda estão lá. A frase que a Miih escreveu enquanto nós ouvíamos música e conversávamos sobre a esperança de tudo acabar bem. Comigo, com ela... Em relação as coisas que doía na gente. Talvez a dor fosse mesmo parecida. O momento era tão desprovido de nós como Donzelas Indefesas, que acabamos gostando de não ser. Acostumamos. Somos felizes e temos saudade daqueles dias. Por incrivel que pareça...   A frase dizia: " Então diga, que o tempo fecha todas as feridas ♪".
 A música, a lousa, o cheiro de terra molhada misturado à do laboratório, que eu poderia jurar, ainda carrega toda a energia da 'aventura' (ou desventura?) anterior. Todo aquele frio na barriga, ao pensar no que poderia dar errado na vida de ambas.
  Nos unir dobrava as dores, porém, multiplicava as forças. Era rir para não chorar... E hoje sentimos saudades, quando entramos no laboratório. Era como se tudo tivesse voltado,  o tempo fosse aquele ainda, porém com a paz que não era possível de sentir naquele tempo, e o cansaço da  pós-guerra  nos impedindo de comemorar, nós apenas sorrimos... Precisa mais que isso?

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