16 de setembro de 2012

a porta X o coração


 E então eu me lembro. Vejo alguém passando pela porta e me lembro de quando ela era de madeira, parece besteira, mas ela era de madeira. E então eu uso isso como argumento. Arrancaram aquela porta, na mesma época em que sentia meu coração ser arrancado. A arrancaram porque estava demasiado velha. Meu coração eu não sei bem porque foi. Talvez porque estava carregado demais, rangendo como a porta e igualmente velho de tanto sentir. E ontem, por um átimo de segundo, eu refleti sobre isso. Enquanto alguém passava por aquela porta, agora de vidro. Eu me lembrava de que não precisava mais me sentir mais acanhada, porque a porta fora arrancada, e meu coração agora é novo. A pessoa que entrou, não entra na história, é extremamente indigesto, as palavras ficam entaladas se eu as forçar. Ficam indecisas, perdidas entre o tempo em que substituíram a  bendita porta. Mas sabemos que o sujeito aqui não é simples assim. É pior, porém melhor, o arrancaram, eu o refiz, eu me refiz, revi a história e o jogo virou, assim espero!

P.S: Se me perguntassem se estou maluca, por ter escrito algo assim, eu diria o seguinte:
  Porta: auditório,
  Coração: assunto em questão

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