25 de junho de 2012

You are the music in me ♫


Agulha no palheiro. Amor a esmo. Enfim o fio da meada! O motivo de tantos textos e rabiscos. O motivo era ela, sempre foi. A garota da qual o deu o primeiro entender sobre oque era ouvir um rock. De relance parece tão banal, não? A realidade é que é, percebes que no fundo, nada do que fazemos tem sentido, somos movidos por sentimentos, sejam eles de ódio, amor, culpa, abandono, saudade ou nostalgia.
 Mas quando se dá conta de que um ano inteiro se passou sem que voltasse a viver, sem que sentisse o cheiro de amaciante de suas roupas ou ouvisse suas risadas divertidas em meio a uma guerra de perfume ou de mordidas', lembrando da ocasião em que se casaram como num comercial da Coca-Cola, com alianças de canudo, ele pensa - sem prever as consequências que o trariam tanta dor - que poderia ter sido verdade. Poderia ou pode. Chegar na porta dela e dizer Eu te amo, não é atitude do Príncipe pelo qual vale um casamento, que foi sim real ?
 Previsivel nunca foi muito a área dele, ela bem sabia disso. Mas seria dono de uma perfeita sanidade quem o fizesse? Sabe que a sociedade nos impõe limites e padrões, coisa mais ridícula é segui-los. Foi então que ele se lembrou do porque daquela dor que o atormenta nas madrugadas, e faz com que escreva durante o dia. O porque do fim..."Regras não servem para serem quebradas?". E então ele volta em si. Porque não? É pecado amar alguém tanto assim? Arrependimento mata? Ele sabe que não, porque está vivo e porque ama tanto assim.
 Inescrupulosamente, porque cuidado de mais é obstaculo que nos faz pensar não duas, mas vinte vezes antes de agir. "E dai se eu a pegar desprevenida?", ele murmurava no chuveiro. "Já não fiz isso antes tão erroneamente?".

(Para Nostálgica vida)

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